Contos mínimos Conto mínimo I - Foi, então, mamãe, que Glórinha me chamou de inseto. Parecia que queria me ofender. Mas eu não sei o que é inseto... O que é inseto, mamãe? - Oh, insetos, minha filha, são seres minúsculos, pouca coisa maior do que nós. Conto mínimo II - Por que choras? - Porque ele não quis me conhecer... - E tu que choras?
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Mostrando postagens de junho, 2024
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E nós, Iago, não somos quem somos Pobrezinha não fazia ideia no que se meterá, mas após alguns anos, e um caos enorme em si, teria um vislumbre: o que tinha diante de si não era um matrimônio; era uma mãe com seu filho, e um filho com sua mãe. Puta merda, odiava a psicanalise com toda aquela baboseira de complexo disso e complexo daquilo, mas pelo visto nesse caso não havia escapatória. Se bem que, talvez, todos os casos que já tivera dissessem o mesmo de si. Que droga! Sim, aquela babaca de merda era sua mulher, mas antes de tudo era sua mãe, e por mais que ele se deitasse com muitas mulheres, jamais abandonaria sua mãe. Que espécie de filho da puta ele seria se fizesse isso? Ter namoradas e mais namoradas tudo bem. Afinal era homem e tinha suas necessidades, necessidades que mamãe não pode satisfazer. E que ela até entendia, afinal, “elas não significaram nada, não passam de um bando de vadias que ele usava pra se satisfazer e depois descarta. Lixos nada mais, talv...
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Teus olhos precisariam ser invejosos, Lia, pra que Jacó te amasse Não sou Raquel, sou Lia. Não sou Raquel, a formosa. Sou Lia, a vesga. Maltradada, desprezada. Consumida pela esperança. Ele me amará. Agora ele me amará, pois lhe dei um filho. Raquel não deu nenhum. E ele a amou. Mas sou Lia, mãe de um filho. Consumida pela esperança. Ele me amará. Agora ele me amará, pois Simeão nasceu. De Raquel não veio José. E ele a amou. Mas sou Lia, mãe de dois filhos. Consumida pela esperança. Ele me amará! Ele sempre me amará! Dei luz aos levitas e de mim saiu o cetro de Judá. De Raquel veio Benoni. E ele a amou. Mas sou Lia, mãe de quatro filhos. Desiludida, vesga, sem esperança. Não lhe darei mais nenhum. Não quero mandrágoras. Não quero o direito do leito. Não me interessa se ele já voltou do campo. Escutem, filhos de Lia. Escutem, Diná e todas vós, filhas de Lia, que atravessaram os séculos Consumidas na esperança de que agora serão amadas...